R E L A T Ó R I O   A N U A L  

 

2 0 0 1

 

F U N D A Ç Ã O  G A I A

 

 

 

INTRODUÇÃO:

 

O ano de 2001 foi um ano bastante intenso para a equipe de trabalho da Fundação Gaia.

Convivendo diariamente com a dura realidade da limitação de recursos financeiros e materiais, mas contando com uma equipe entusiamada e com diversas habilidades e competências, encerramos mais uma vez o ano com a satisfação de termos conduzido ou participado de uma série de trabalhos e iniciativas que visam a construção de um mundo mais digno e ambientalmente saudável.

 

Como você poderá verificar nas linhas que seguem:

 

Ä prestamos serviços de consultoria na área agrícola, biológica e educacional;

Ä encaminhamos vários projetos na expectativa da conquista de recursos para que os mesmos possam ser executados em 2002;

Ä lançamos uma linha de produtos inédita com reproduções de obras do artista plástico homônimo e pai de nosso presidente, José Lutzenberger e,

Ävisando nossa crescente capacitação, participamos do curso oferecido pelo Fundo Nacional de Meio Ambiente.

Na nossa bela sede rural, cada vez mais visitada por pessoas do mundo inteiro, executamos diversos trabalhos de manutenção da nossa infra-estrutura, bem como construímos 2 fornos de carvão vegetal que assim representam mais uma opção de aprendizado para aqueles que buscam o resgate de alternativas tradicionais e sustentáveis de geração de energia.

 

Buscando garantir um contato mais constante e próximo de todos nossos simpatizantes, lançamos esse ano o Newsletter digital, com periodicidade mensal. Através desse veículo, divulgamos nossos eventos, sugerimos programas e leituras e sempre incluímos uma dica ecológica especial. Para nossa imensa satisfação, o número de adesões cresce semanalmente, já contando com cerca de 1.500 leitores cadastrados.

 

Finalmente, anunciamos a entrada no grupo de Fernando Noal Bergamin, como conselheiro administrativo. Fernando substitui Waldemar Chaves Barcellos, falecido em janeiro e que integrou nosso conselho desde sua fundação em 1987.

 

ATUAÇÃO DO PRESIDENTE:

 

Incansável na sua atuação política de esclarecimento público sobre a problemática ambiental, José Lutzenberger também envolveu-se fortemente em 2001 nas discussões sobre o cancro cítrico. Segundo Lutzenberger, a proposta de erradicação do mesmo não serve a outro propósito se não o de garantir mercado para um grupo restrito de grandes citricultores.

 

 

No Rincão Gaia os visitantes deliciam-se ao tirar as frutas do pé


Além de dar inúmeras entrevistas nacionais e internacionais, Lutzenberger participou:

 

£ no I Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre em janeiro, com a palestra ‘O Acesso às Riquezas e Sustentabilidade’

£ na mesa redonda organizada pelo CEPA – Centro de Educação Patrimonial e Ambiental, em março: ‘Porto Alegre 229 anos – Ambiente e Patrimônio’

£ no ‘Encontro Latinoamericano de Comunidades Sustentáveis’, em Canela/RS, em abril

£ na Assembléia Legislativa de Porto Alegre, `a convite do vereador Beto Mösch, sobre ‘Meio Ambiente à Nível Municipal’, em junho

£ na iniciativa do Solar Paraíso – Centro Patrimonial da Prefeitura de Porto Alegre, em junho, com o Relato das ONGs Locais, que buscou resgatar a história do movimento ambientalista local

£ no ‘Seminário sobre Arborização Urbana’ realizado em junho pela Fundação Municipal de Meio Ambiente de Gravataí

£ no ‘Seminário Nacional sobre Materiais Recicláveis – Resíduos Sólidos’ na ULBRA de Canoas, em outubro

£ em evento ambiental da Faculdade de Astronomia da UNISINOS em São Leopoldo, em outubro

             no Seminário de Agroecologia promovido pela EMATER em Porto Alegre, em novembro

£  no World Summit for Ethics 2001 em Kühlungsborn – Alemanha em novembro.

 

Garantindo o registro e uma maior divulgação internacional de suas idéias, Lutzenberger escreveu 2  novos artigos em alemão:

l Die Absurdität der modernen Landwirtschaft – versão revisada e ampliada do texto original em inglês ‘The Absurdity of Modern Agriculture’. Este texto foi dedicado à Ministra alemã para a Proteção ao Consumidor, Alimentação e Agricultura, Renate Künast, como material de apoio em sua luta para reverter a situação de crise vivida pela agricultura européia, exacerbada pela disseminação explosiva da doença da vaca louca nos rebanhos bovinos.

l Unser einmalig kostbarer Planet – Gaia – versão revisada e ampliada do original em português ‘Gaia’ – já traduzido também para o Inglês.

 

Em março, Lutzenberger foi condecorado com o ‘Diploma de Mérito Rondon’ e  com o Troféu ‘A Crítica’, pelo Semanário A Crítica de Cuiabá – Mato Grosso. Em agosto recebeu o ‘Troféu Guri’ da Rádio Gaúcha/Rede Gaúcha Sat e em novembro o prêmio ‘World Summit for Ethics 2001’. Também esteve presente no evento comemorativo dos 30 anos de existência da AGAPAN – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, de cuja fundação fez parte.

 

Finalmente, em fevereiro, Lutzenberger teve a satisfação de receber os governadores Capiberibi do Amapá e Jorge Viana do Acre em sua residência, com os quais trocou idéias sobre a urgência de agirmos em consonância com o discurso da sustentabilidade. Tanto Viana quanto Capiberibi mostraram-se especialmente sensibilizados e ativos na busca de soluções ambiental e socialmente apropriadas para suas comunidades.

 

Da mesma forma, Lutzenberger, recepcionou o governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra e  sua esposa Dona Judith, acompanhados do Secretário Estadual do Meio Ambiente Claudio Langone, em março de 2001, na sede rural da Fundação Gaia, o Rincão Gaia.

 

Destacamos também, a visita em maio, de Robin Sharp, representante da Right Livelihood Award  - Instituição sueca que outorga anualmente o Prêmio Nobel Alternativo, com o qual nosso presidente foi condecorado em 1988.

 

 

RINCÃO GAIA:

 

Em nossa sede rural, o Rincão Gaia, mantivemos o cumprimento de nossos objetivos, quais sejam de realização de cursos e eventos educativos, bem como, desenvolvimento de atividades agrícolas e paisagísticas de cunho experimental e demonstrativo.

 

Recebemos 22 grupos de diversas localidades e nossa média de visitantes dos últimos 3 anos é de 800 pessoas por ano. Além de escolas, estiveram conosco alunos de diversas universidades, bem como, empresas e órgãos públicos. Também tivemos uma ótima experiência com os alunos da Academia Espaço Ativo que passaram um fim-de-semana eco-turístico-educativo na nossa sede, incluindo tour até a cidade histórica de Rio Pardo. 

O cenário do Rincão Gaia é ideal para o desenvolvimento de atividades de relaxamento

 

Realizamos os seminários do curso Educação para Vida Sustentável e sediamos  encontros de outras instituições, conforme detalhado mais adiante.

 

Recebemos 7 estagiários: a suiça Danae Lombard, através de um intercâmbio com a ABIC – Associação Brasileira de Intercâmbio Cultural; Genevieve Petite também suiça; Sabine Friedrich e Anekathrin Vogel ambas alemãs, e 3 jovens brasileiros: Graciele Cunha e Kethrin Pereira Pacheco da Escola Agrotécnica Federal de Sombrio, e Luís Felipe Perroni Massucati.

 

Oferecemos também uma vivência de 3 dias em outubro, com participantes de Porto Alegre, São Paulo e Curitiba. Nessa atividade os participantes vivenciam as atividades desenvolvidas no Rincão Gaia, aprendendo diretamente com a prática.

 

Tivemos ainda a satisfação de receber em janeiro deste ano um grupo de colaboradores do Fauna & Flora International e do Royal Botanic Gardens Kew da Inglaterra, que estavam em Santa Cruz do Sul a convite da empresa Souza Cruz.  

 

Encerramos o ano de 2001 mantendo cerca de 400 aves, inclusive gansos, angolistas e marrecos, e dez colméias cuja produção foi de 100 kg. Reduzimos os bovinos de 35 para 25 animais e ficamos com somente 5 suínos, dado o seu baixíssimo preço no mercado.

A produção de leite e ovos é consumida primordialmente no próprio Rincão e utilizados na fabricação de yogurte, queijos e doces.

 

Nos hortifrutigranjeiros produzimos tomate, manjericão, berinjelas, pimentões, pepinos e outros temperos e ervas, bem como,  amoras silvestres, maracujás, uvas, ameixa preta, cítricas como laranja, bergamota, laranja azeda, cidra, kunquat, figo, goiaba, cereja brasileira, butiá e bananeiras, entre outros, os quais foram beneficiados na fabricação de molhos, conservas e sucos.

 

Cultivamos ainda 1 ha de mandioca, 0,5 ha de milho e 0,5 ha de feijão, além de cana-de açucar, alfafa e trigo, sendo que este último não se mostrou ser adaptado às nossas condições de solo e clima.

 

Lastimavelmente, tivemos nosso depósito de lixo seco totalmente destruído pela queda de um eucalipto em um dos temporais que acometeram nosso estado, mas, não obtante, mencionamos também uma série de melhorias efetuadas em 2001:

 

Ä conclusão da casinha de apoio junto ao balneário do grande lago;

Ä construção de bueiro do acesso secundário;

Ä instalação de parte da mobília da nova cozinha;

Ä drenagem do terreno circundante da casa do caseiro e realização de melhorias no porão da mesma;

Ä compra de freezer horizontal, ampliando nossa capacidade de armazenamento dos produtos;

Ä construção de galinheiro móvel;

Ä abertura de valetas de drenagem no entorno da casa comunal;

Ä impermeabilização das paredes internas e pisos dos quartos da casa comunal;

Ä construção de dois fornos de carvão vegetal;

Ä reforma do telhado da casa comunal, do galpão circular e da casinha da praia, danificados por sucessivos temporais.       

 

Forno de carvão vegetal em funcionamento

 

CONSULTORIAS:

 

¤ KLABIN RIOCELL:

Dando seguimento aos “Estudos de Avaliação e Definição de Parâmetros e Indicadores de Biodiversidade nas Áreas Florestais da Riocell” realizados em 1997 com levantamentos em quatro hortos florestais diferentes para a avaliação da diversidade de répteis, anfíbios, aves, vegetação e mamíferos, iniciamos em outubro de 1999 uma segunda fase de  atuação. Trata-se aqui de um trabalho de monitoramento da biodiversidade dos hortos florestais da empresa de celulose sediada em Guaíba/RS. Desta forma, estamos reavaliando um horto florestal por ano durante quatro anos consecutivos. De outubro à março de 2000 efetivamos os estudos no  horto de Santo Amaro e a partir de outubro de 2001 iniciamos a reavaliação no Horto Mariana.

 

¤ FLOSUL Indústria e Comércio de Madeiras Ltda:

Visando contribuir para o aperfeiçoamento do manejo de seus hortos florestais, conciliando as atividades comerciais de silvicultura com a preservação ambiental, efetivamos um estudo da diversidade vegetal dos hortos dessa empresa, bem como pesquisa bibliográfica e levantamento na comunidade sobre a fauna de vertebrados regional.

Os resultados foram surpreendentes, incluindo a presença de diversos animais ameaçados de extinção, como o jacaré de papo amarelo, a lontra e o gato-do-mato-grande, bem como aves incomuns como a aracuã.

 

¤AFUBRA – Associação dos Fumicultores do Brasil:

Dando seguimento ao trabalho iniciado em 1999, apresentamos em junho os resultados da segunda safra de fumo ecológico, sem agrotóxico, confirmando sua viabilidade financeira com alta produtividade e qualidade diferenciada.

A partir desses resultados,  integraram-se à essa iniciativa, o Sindifumo e a Unisc. Passamos assim, a realizar experimentos junto à produrores integrados à 3 empresas fumageiras: Souza Cruz, Dimon e Universal, reconduzindo duas safras experimentais com acompanhamento científico e efetivando duas lavouras experimentais adicionais junto à seus produtores.

 

         

 

                       Sr. Gralow e Lutzenberger na apresentação oficial dos resultados obtidos

 

Na granja experimental da Afubra o trabalho estendeu-se também aos pomares em conversão e a produção de hortigranjeiros em estufas. Da mesma forma, junto aos fumicultores, têm sido sistematicamente discutidos aspectos agroecológicos da propriedade como um todo, desde a produção própria de insumos orgânicos, a horta doméstica e as lavouras de subsistência, até a fitoterapia animal,os fermentados, os repelentes e os defensivos naturais. As propriedades caracterizam-se como minifúndios familiares e, apesar de encontrarem na fumicultura seu principal sustento, complementam sua renda e garantem sua sustentabilidade com uma série de outros gêneros da produção primária.

 

¤CEDEJOR – Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural – Sta Cruz do Sul /RS:

O Cedejor foi instituído em agosto desse ano para a promoção de jovens empreendedores rurais na região de vale do Rio Pardo. O Cedejor desenvolve suas atividades com turmas de 120 alunos de 17 – 24 anos, distribuídos em três núcleos: Albardão e Seminário no município de Rio Pardo/RS e São Martinho em Santa Cruz do Sul/RS. Num período de três anos e com carga horária de 40 hs/mês na escola, os alunos desenvolvem em sistema espelhado na Metodologia da Alternância[1], atividades de educação ambiental, bem como conhecimentos para o empreendimento de atividades produtivas e ambientalmente sustentáveis no meio rural.

Em dezembro, a Fundação Gaia desenvolveu uma gincana ambiental com 120 jovens do Cedejor e partir de janeiro de 2002 iniciaremos o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental Contínua junto aos seus três núcleos.

         

 

                                             Atividade educativa em núcleo do Cedejor

 

PROJETOS:

 

¤Divulgação do Programa de Capacitação em Metodologia de Educação Ambiental Contínua – SEED:

 

Dando continuidade ao programa de divulgação e capacitação na metodologia de Educação Ambiental Contínua, iniciado em 1999 e intensificado em 2000 com a realização de diversos cursos em Garopaba e Viamão, foi realizado em parceria com a UFRGS, um curso intensivo de  três dias na Escola Municipal Nossa Sra. da Conceição em Viamão. Essa atividade resultou em diversas melhorias na escola, integrando educação ambiental com os conteúdos curriculares, com a formação de horta, composteira, viveiro de mudas, pomar, confecção de brinquedos, confecção de sabonetes com ervas, entre outros.

¤Projeto ‘Assentamentos da Reforma Agrária e o Modelo Ecovilas’

O Assentamento Filhos do Sepé localiza-se em Viamão, constituindo-se em 9.407 hectares de Área de Proteção Ambiental do Banhado Grande, pertencente à Bacia Hidrográfica do rio Gravataí, e dos quais 2.800 hectares formam Reserva Ambiental Permanente. 

Em parceria com a FEE – Fundação de Economia e Estatística, Prefeitura Municipal de Viamão, SEMA – Secretaria Municipal do Meio Ambiente e NORIE / UFRGS  - Núcleo Orientando para Inovação da Edificação, efetuamos um diagnóstico participativo da comunidade do Assentamento Filhos do Sepé, visando a avaliação dos níveis de sustentabilidade social, cultural, ambiental e econômica do mesmo. A partir das informações obtidas através desse trabalho, será construído coletivamente um plano de desenvolvimento local sustentável.

 

¤ Projeto ‘Educação para a Comunidade Sustentável’:

Enviado em novembro para o FNMA – Fundo Nacional do Meio Ambiente,  trata-se da formação de 6 escolas irradiadoras da metodologia de educação ambiental contínua, nas seis sub-bacias da região hidrográfica do Guaíba, funcionando como polos de difusão de práticas sustentáveis para a comunidade e outras escolas. 

 

¤ Projeto ‘Educação Ambiental Contínua: Um Programa de Desenvolvimento Ecosustentável Escolar e Comunitário’:

Enviado em agosto ao Instituto Crer para Ver, trata-se de desenvolver o processo de Educação Ambiental Contínua em 5 escolas do município gaúcho de Viamão, que se destacaram e demonstraram grande interesse durante o processo de divulgação da metodologia realizado em 2000.

 

¤ Capacitação de Guias Ambientais:

Em parceria com o Núcleo de  Gerenciamento de Recursos Hìdricos da UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul/RS, desenvolvemos um programa de capacitação de guias ambientais, com base na condução de trilhas no Rincão Gaia.

  

PRODUTOS COMERCIAIS:

 

Foram lançados em 2000 os seguintes produtos comerciais:

 

à modelo pequeno de taças;

à 2 modelos exclusivos de camisetas da Fundação Gaia com reproduções de obras do artista plástico José Lutzenberger – pai de nosso presidente.

à Vídeo Educação Ambiental Contínua.

 

As camisetas são comercializadas nas lojas do MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Centro Cultural Santander e restaurante Pé de Alface, em Porto Alegre.

 

CURSOS,  EVENTOS E PALESTRAS:

 

Em 2001 demos continuidade a programação de cursos do Programa de Educação para Vida Sustentável. Este programa teve seu  lançamento em  23 e 24 de junho de 2000 e é resultante de uma parceria entre Coolméia, Unipaz e Fundação Gaia.

Composto por 22 seminários mensais, esse curso traduz de forma dinâmica, sensível e criativa, uma proposta de visão holística, da compreensão da Vida e da tradução dos princípios dos ecossistemas em experiências práticas de um cotidiano humano e ecológico mais sustentável.  

Em março abrimos inscrições para uma segunda turma, a qual integrou-se com a primeira, mas concluirá suas atividades somente no ano de 2002.

 

Realizamos os seguintes seminários:

 

è Ciclos, Produção e Resíduos

è Agricultura Orgânica

è Dimensões do Ser

è Cosmovisões para uma Vida Sustentável

è Alimentação Humana

è Construções Sustentáveis

è Gestão e Administração Participativa

è Economia Solidária

è Direito Ambiental

è Práticas de Saúde Ambiental

è Práticas de Educação Ambiental

è Práticas de Vida Sustentável

 

Em junho de 2001 lançamos o curso Capacitação em Agricultura Sustentável com o objetivo de formar profissionais aptos para atuação no contexto da agricultura orgânica e agroecologia. Entretanto, apesar de grande número de interessados, tivemos de cancelar temporariamente o mesmo por número insuficiente de inscritos. Em pesquisa verificamos que o formato e os custos do mesmo foram inapropriados para o público-alvo. No segundo semestre, dedicamo-nos a busca de patrocinadores e a reformatação do curso para relançamento em 2001.

 

Cabe mencionar ainda a visita da renomada nutricionista Clara Brandão, divulgando junto ao grupo de trabalho multi-institucional de Educação Ambiental Contínua seus conhecimentos sobre  valores nutricionais de plantas ‘de mato’ e  programas alimentares de baixíssimo custo e grande valor nutritivo.

 

Lançamos também a oficina Ecologia Urbana, na qual são apresentadas alternativas práticas e  de fácil incorporação no dia-a-dia urbano para uma melhor convivência com o ambiente natural. A primeira oficina foi em agosto e dado o seu sucesso, desenvolvemos uma segunda em novembro e  já prevemos novas datas no calendário de 2002.

 

        

 

                                                 Atividade de curso no Rincão Gaia

 

Da mesma forma, desenvolvemos cursos junto às seguintes instituições:

 

·        SMED – Secretaria Municipal de Educação na Escola Chapéu do Sol em Restinga, em outubro  sobre a  Metodologia de Educação Ambiental Contínua

 

·        Memorial do Rio Grande do Sul, através de cinco oficinas com o tema: Educação Ambiental – conceito, planejamento e atividades; dirigido à professores da rede pública e privada.

 

·        Unipaz – Santa Catarina com seminário Vivendo com Gaia, no Rincão Gaia

 

·        CEM – Consultoria Empresarial Meireles, com atividade de sensibilização no Rincão Gaia

 

Foram realizadas palestras sobre Educação Ambiental, Ecologia e Cidadania nos seguintes locais:

 

 

Ø Encontro da Casa da Amizade em Gramado

Ø UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul

Ø Escola ACM de Porto Alegre

Ø Rigesa S.A – Três Barras/SC

Ø ABIC – Associação Brasileira de Intercâmbio Cultural

Ø Instituto  de Educação Santa Bárbara - Seminário Internacional de Ecologia

 

REPRESENTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS:

A Fundação Gaia se fez presente em diversos eventos em 2001. Merecem destaque os seguintes: 

 

·        Finalização do processo iniciado ano passado pelo Instituto Souza Cruz, através do qual se formatou coletivamente com representantes de ongs e comunidades rurais do vale do Rio Pardo, um  projeto para promoção de empreendedorismo de jovens rurais na região. Em 2001, o Instituto Souza Cruz convidou-nos a conhecer a Escola Família MEPES – Movimento de Educação Promocial, em Anchieta - Espírito Santo  e a Escola Rural Pró-Jovem em Presidente Wenceslau Escobar – São Paulo. Ambas experiências muito bonitas de envolvimento de jovens rurais nas questões ambientais e comunitárias, mobilizando-os para atitudes empreendedoras. Em março tivemos a satisfação de sediar um encontro do grupo no Rincão Gaia.

 

 

Lara Lutzenberger ( 1ª à direita) visitando comunidade agrícola no Espírito Santo com Fernando Schwanke do Cedejor (1° à esquerda) e Gislaine Borba do Sebrae.

 


·        Curso de Capacitação de ONGs do Fundo Nacional do Meio Ambiente. Dividido em 3 módulos, realizados respectivamente em Florianópolis, Brasília e Goiânia, o curso teve representantes de ONGs de todo o Brasil, capacitando-se no envio de projetos ambientais para o FNMA, técnicas de liderança e empreendedorismo, gerenciamento e captação de recursos.

 

·        Participação no workshop ‘As mudanças Climáticas Globais e as Oportunidades para a Indústria Brasileira’, em São Paulo, de 19 – 25.08.2001, visando compreender o mercado de seqüestro de carbono decorrente das negociações do Protocolo de Kyoto.

 

·        Congresso de Ecologia, com Painel sobre Educação Ambiental Contínua, em novembro.

 

·        Congresso de Permacultura, em setembro.

 

·        Participação no workshop “Rotulagem Ambiental’ na FIERGS/POA, em outubro.

 

·        Participação no Prêmio Henry Ford concorrendo com o trabalho de promoção da Metodologia de Educação Ambiental Contínua realizado no ano passado em escolas de Viamão/RS e Garopaba/SC.

 

·        Participação no Prêmio NEAD com o projeto de Capacitação de Promotores de Agricultura Regenerativa.

 

·        Participação na Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Rio Grande do Sul.

APOIOS OBTIDOS:

 

A Fundação Gaia obteve importantes apoios em 2001:

 

­ Recebemos em novembro a doação de US$ 10.000,- da Jimmy Goldsmith Foundation / Inglaterra.

 

­ Recebemos a doação de uma obra tri-dimensional da artista plástica Radharani para enriquecimento de nossas atividades com o público das visitas guiadas no Rincão Gaia.

 

­ Obtivemos novamente o apoio de Franco Werlang através da remuneração de prestação de serviços na área de educação ambiental, até junho desse ano.

 

­ José Hugo Wildner e Erna Terezinha Jung doaram um excelente vídeo cassete player para uso nas atividades educativas do Rincão Gaia.

 

­ Elisabeth Renck, nossa colaboradora, doou um retroprojetor novo para uso em eventos no Rincão Gaia.

 

­ A família Lutzenberger doou conjuntos de cartões ilustrados pelo artista plástico José Lutzenberger[2], cuja venda reverteu em aproximadamente R$ 2.700,00. Da mesma forma, foram cedidos os direitos de reprodução de obras do artista em produtos comerciais, cuja venda reverte em benefício das atividades da Fundação.  Em 2001, lançamos duas camisetas, conforme já mencionado anteriormente. 

 

­ Recebemos R$ 25.000,00  sob forma de doação de José Lutzenberger.

 

­ Ações Voluntárias:

Wagner Teixeira dos Santos manteve-se fiel como voluntário, participando ativamente de diversas atividades no Rincão Gaia, bem como introduzindo um sistema eficiente de produção de pintos.

 

 

Colaboradores da Fundação Gaia

Da esquerda para a direita: Rodrigo, Lara, Márcia, Lilly, Fernando, Wolff e Bia; Franco, Susana, Carla, Alexandre e Beth

 

Relatório anual 2001/

Comp Lara – meus doc – relatórios e

disk 15 - Lara


[1] os alunos intercalam períodos de atividades na escola com  trabalhos monitorados em sua própria comunidade

[2] pai do ambientalista e presidente da Fundação Gaia


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